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Introdução



“Qualquer um de nós, senhor de um assuto, é, em princípio, capaz de escrever sobre ele. Não há um jeito especial para a redação, ao contrário do que muita gente pensa. Há apenas uma falta de preparação inicial, que o esforço e a prática vencem”.


(J.Mattoso Câmara Jr.)


O ato de escrever que, para alguns, parece fácil e agradável, para outros representa um sacrifício sem perspectivas favoráveis. Nas práticas escolares, não se prepara o aluno para ser escritor, mas para escrever satisfatoriamente numa linguagem que revele precisão vocabular e clareza de ideias.




Um texto correto, preciso e bem-concatenado resulta de um pensamento organizado, ao qual se somam a capacidade para aproveitar os recursos expressivos da língua e a interpretação analítica da realidade, em especial na dissertação. Qualquer que seja a modalidade redacional, sua finalidade é concretizar a comunicação de ideias (conteúdo), valorizadas por uma expressão estética da linguagem (forma). Não basta, pois, saber o que escrever, mas como escrever.



Na redação escolar, a busca de novas formas de expressão deve resultar numa linguagem espontânea e simples, mas inteligível e enriquecida de sentido vivencial. As qualidades de estilo vão-se aprimorando a cada nova experiência redacional, criando, reconstruindo ou inovando.




As dificuldades para redigir podem ter origem na timidez, no receio da iniciativa inovadora, na falta de estímulos, em métodos didáticos desinteressantes, ou ainda num conjunto de fatores que bloqueiam a escrita.



Sentimo-nos à vontade quando nos expressamos oralmente, mas nos embaraçamos no momento de ordenarmos as ideias textualmente. É na escrita que a comunicação revela nossa condição intelectual.



Há quem atribua as deficiências da escrita aos meios de comunicação de massa que saturando nossos sentidos com imagem e som, pouco exigem de nossa capacidade reflexiva, ocupando um espaço que poderia ser preenchido pela leitura.



Quaisquer que sejam os entraves que embaraçam a escrita, é no aprimoramento da linguagem que temos o instrumento mais eficaz para expressarmos o pensamento. A habilidade com que a usamos permite-nos apreender o mundo a agir sobre ele.



Ao escrevermos, fazemos da linguagem nossa conquista maior, combinando as impressões dos sentidos, a vivência pessoal e o pensamento crítico. Para aperfeiçoar o exercício redacional devemos aguçar a capacidade de interpretação, o espírito questionador e analítico, bem como o desprendimento para criar e inovar.



Assim, a redação, como atividade compensadora e satisfatória, é produto de um saber linguístico, da ordenação do pensamento e da imaginação criadora, num contínuo e diletante processo de aprendizagem.



Neste site, oferecemos ao aluno uma coletânea de textos de diferentes modalidades. A seleção de autores, para ilustrar as teorias, teve em vista cativar o leitor pela emoção, humor e criatividade.


Da palavra ao texto


A palavra existe a serviço da comunicação. As circunstâncias históricas, o mundo concreto e os anseios espirituais, ao longo de seus processos de desenvolvimento, foram criando a necessidade de nomeação dos objetos. Assim, o desejo de comunicar nossas ideias fica mediado por uma unidade menor que se chama signo. O signo é o símbolo dos objetos ou ideias que queremos veicular (oral ou textualmente): a maneira de articular as palavras e organizá-las na frase, no texto, determinam nosso discurso, nosso estilo (forma de expressão pessoal).



PALAVRA


Palavra (ou vocábulo) é um signo linguístico que expressa uma ideia.



Pode representar um objeto, uma imagem, uma sensação, uma percepção, uma ação, um ser, uma qualidade etc. É a matéria-prima da expressão.



A palavra pode ser classificada em substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome, verbo, advérbio, conjunção, preposição, e interjeição:



  • Substantivo: homem, ideia...

  • adjetivo: bonito, inovadora...

  • artigo: o, a …

  • numeral: primeiro, dois...

  • pronome: aquele, nós...

  • verbo: ser, correr...

  • advérbio: nunca, aqui...

  • conjunção: se, mas...

  • preposição: de, em...

  • interjeição: Oh! Viva!




FRASE


Segundo Rocha Lima, “frase é a expressão verbal de um pensamento. Pode ser brevíssima, constituída às vezes por uma só palavra, ou longa e acidentada, englobando vários e complexos elementos”. São cinco os tipos de frase: declarativa – O trabalho exigiu esforço. ; interrogativa – Por que mudar? ; imperativa – Venha cá!/Não vá embora.; exclamativa – Que horror! Como eu te amo!; indicativa ou de situação: Bom dia!/ Fogo!




A maneira através da qual elaboramos nosso discurso determina a clareza e a objetividade da mensagem que pretendemos comunicar. Com a estética modernista, que valorizou as frases concisas e diretas, rompeu-se uma tradição passadista que privilegiava as frases prolixas e o rebuscamento da linguagem.



Tipos de Frases


Observe a seguir alguns tipos de frase. Excluindo-se os primeiros modelos (frases telegráricas, nominais, intercaladas e fragmentárias) que parcimoniosamente o aluno pode empregar em seus textos, as demais (frase arrastada, labirintica e de ladainha) devem ser evitadas por apresentarem estilo ultrapassado.



  • Frase telegráficas


  • Curtas e segmentadas, as frases telegráficas marcam o estílo de muitos autores contemporâneos. Textos assim organizados só ganham valor estilístico quando adequados a um contexto literário, descritivo ou narrativo. Quando se trata de uma redação escolar, a sucessão de frases curtas produz uma expressão linguística primária que compromete a fluidez da linguagem, sobretudo no texto dissertativo.





    “Viu João três vezes. João não a viu. No quarto encontro achou jeito de lhe falar a sós.”

    (Otto Lara Resende)


    “De repente, uma variante trágica. Aproxima-se a seca.”

    (Euclides da Cunha)




    “Quando Lisetta subiu no bonde (o condutor ajudou) viu logo o urso. Felpudo, felpudo. E amarelo. Tão engraçadinho. Dona Mariana sentou-se, colocou a filha em pé diante dela. Lisetta começou a namorar o bicho. Pôs o pirulito de abaxi na boca. Pôs mas não chupou. Olhava o urso. O urso não ligava.”

    (Alcantara Machado)



  • Frase Nominal


  • Frases nominais são aquelas que dispensam o verbo. Curtas e objetivas, caracterizam muitos provébios. Na literatura as frases nominais revelam-se expressivas em descrições e narrações, produzindo sequências enumerativas.



    “Nada como um dia depois do outro.”

    “Casa de ferreiro, espeto de pau.”


    “(...) a pobreza do aposento. Uma mesa tosca. Um banco de cada lado. Uma bacia d'água em cima da mesa. Uns pratos de ágata mergulhados nela,em companhia de uma colher e de um garfo. No canto da sala, em cima de uma forquilha, uma bilha d'água, também de fabricação indígena.”

    (José M. De Vasconcelos)



  • Frase Intercadas



  • Usamos as frases intercaladas para eclarecer uma informação, dar exemplos ou fazer uma observação paralela ao assunto. Empregadas no meio do período, elas podem ser marcadas por vírgulas, parênteses ou travessões. Podemos empregar esse tipo de frase em modalidade de redação.


    “A metonímia nasce, ao contrario da metáfora, de uma relação objetiva entre o plano de base e plano simbólico do termo.”



    (Adilson Citelli)


    “É uma operação de passagem do plano de base (a significação própria da palavra ou expressão) para o plano simbólico (representativo, figurativo).”




    “Resta-nos dessas observações que o desejo de comunicar certas ideias – a comunicação propriamente dita, a vontade de dizer coisas aos outros e o efetivo ato de dizer, o movimento em direção à construção do texto e a sua construção – fica mediado por essa unidade menor que se chama signo.



    (idem)

  • Frase Fragmentária


  • Quando quebramos a linearidade da frase, inerrompendo o processo de subordinação com um ponto final, fragmentamos a frase. É um recurso estilístico que dá ritmo ao texto, em especial à crônica. Deve-se evitar esse procedimento na dissertação a fim de não tornar o texto sincopado.



    “Pareceu-lhe a morte agradável como perfume da mirra, ou como estar-se num dia de vento, ao abrigo de um toldo.



    Como o perfume do lótus. Como estar sentado à margem da embriaguez. Com o fim da chuva, como avolta para a casa, depois de uma caminhada no ultramar. Como o céu que sai das nuvens. Como o desejo no ultramar. Como o céu que sai das nuvens. Como o desejo de um homem de ver sua casa depois de anos sem fim de cativeiro. Assim lhe pareceu a morte.”



    (Cecília Meireles)

  • Frase Arrastada


  • O predomínio e a repetição de conectivos coodenativos (e, mas) bem como de alguns advérbios (aí, então, daí) unindo períodos curtos, independentes, produzem frases arrastadas. É uma construção primária, em que as sequências arrastam-se numa reprodução dos descuidos da linguagem oral.



    “Então desisti de esperar e resolvi telefonar. Mas aí chegou o porteiro. Então, ele abriu a porta e eu entrei. Mas o elevador estava parado. Então, subi pelas escadas. Aí cheguei ao 4º andar. Mas não havia ninguém em casa. Então, escrevi um bilhetinho e botei por baixo da porta. Mas aí chegou a empegada. Então eu perguntei a ela: D. Maria está? Ela respondeu: Não está não senhor.”



    Num contexto literário, essas construções adquirem expressão estilística, em autores como, por exemplo, Millôr Fernandes ao reproduzir o discurso infantil em suas “Conpozissõis Imfãtis.”



  • Frase de labirinto


  • A frase de labirinto é um tipo de construção em que a oração principal perde-se no texto: num atropelo de ideias, desencadeiam-se orações subordianadas cuja concatenação dificulta a intelecção e a fluidez da leitura. Textos labirínticos são característicos dos séculos XVI e XVII.




    “Apesar deste aspecto melancólico, logo que desaparece a influência dos preconceitos, desde que as preocupações deixam de empregar suas cores factícias, é fácil entrever nessas reações espantosas a luta formidável da razão contra os excessos dum poder, que, tornando-se tirânico, cessara de preencher os fins inefáveis, para que fora instituído, e verificar a expressão de vingança, com que os povos, cansados de suportar seu aviltlamento, quebram esses tronos, cetros, essas machadinhas, essas cadeiras de marfim, que só serviam para exprimir a opressão, e significar a ignomínia e a baixeza.”(Monte Alverne)



  • Frase de ladainha


  • Como um soluçar aflitivo, as frase de ladainha constroem-se com a exaustiva repetição do conectivo e, lembrando as cantilenas de uma ladainha.



    “Os seus últimos dias foram uma longa e exaustiva luta com a morte; luta que teria sido mais piedoso não prolongar; mas o pai, que era médico, receava; e a mãe, que era simplesmente mãe, implorava; e Roland, que não tinha coragem de deixar morrer o condenado, ia para o quarto dele e lutava; e Dolores, que não tinha ainda a serenidade do país de opção, com os grandes olhos rútilos de lágrimas, fazia sofrer o John com as injeções; e vinha chorar para o corredor e quase não falava a Roland. E o John sofria tanto e eu não podia mais vê-lo sofrer. E ele queixava-se de que o esquecera e de que já quase não ia ao quarto dele. E um dia vieram os irmãos pequeninos para que o John os visse ainda uma vez. E o mais pequenino de todos perguntou por que estava ali o John e não voltava para casa, para junto deles. E a mãe, a disfarçar as lágrimas, disse-lhe, já no corredor, que o John não voltava para casa, porque ia para muito longe, para o céu...



    E os irmãos de John foram para a capela pedir para que ele fizesse boa viagem. E como tinham pena de se separar do John, começaram a chorar.”



PARÁGRAFO


Parágrafo é uma unidade de assunto constituido de uma frase ou de um grupo de frases ordenadas. Na narração, o parágrafo apresenta uma sequência de fatos; na descrição, uma sequência de aspectos; na dissertação, uma sequência de juízos. A mudança de parágrafo no texto varia conforme o estilo do autor e a modalidade redacional.



  • Parágrafo descritivo


  • O parágrafo descritivo apresenta uma sequência de aspectos que caracterizam seres num espaço delimitado. Predominam os substativos, adjetivos, verbos de estado, locuções e orações adjetivas. Comparações, metáforas e outros recursos estilísticos costumam ser comuns no texto descritivo, o qual pode ser redigido em um únco parágrafo.


    “Quaresma era um homem pequeno, magro, que usava pincenez, olhava sempre baixo, mas quando fixava alguém ou alguma coisa, os seus olhos tomavam, por detrás das lentes, um forte brilho de penetração, e era como se quisesse ir à alma de uma pessoa ou da coisa que fixava.”(Lima Barreto)




  • Parágrafo narrativo


  • O parágrafo narrativo apresenta uma sequência de acontecimentos, um encadeamento de ações registradas através de verbos de ação.



    “Fabiano soltou um suspiro largo de satisfação e dor. Em seguida tentou prender o colarinho duro ao pescoço, mas os dedos trêmulos não realizaram a tarefa. Sinhá Vitória auxiliou-o: o botão entrou na casa estreita e a gravata amarrou-se. As mãos sujas, suadas, deixaram no colarinho manchas escuras.



    -Está certo, grunhiu Fabiano.” (Graciliano Ramos)

  • Parágrafo dissertativo


  • O parágrafo dissertativo constitui uma exposição de conceitos, opiniões, pontos de vista e juízos sobre um determinado assunto. Tal procedimento tem em vista convencer o leitor. Deve haver encadeamento de ideias, daí a importância das palavras de ligação: conjunções e preposições. As relações estabelecidas através de orações subordinadas valorizam a agurmentação.



    “Para a criança, a célula familiar é um microcosmo, verdadeiro sistema ecológico. Quando os diversos elementos desse ambiente estão em harmonia, a criança se desenvolve de modo equilibrado e completo. Mas se, ao contrário, o sistema é abalado pela não-satisfação das necessidades fundamentais, a criança sofre as consequências desastrosas desse abalo e muitas vezes de modo irreparável. As possibilidades de desenvolvimento se reduzem e a criança se torna presa fácil de doenças e até de morte prematura.”(Fernando M. Barros)



    “Os dias de hoje já não comportam os antigos períodos longos, quilométricos, que caracterizaram escritores de outras épocas. O leitor moderno quer ser informado rapidamente; cansa-se se a frase alonga, se os períodos se enrolarem repletos de interpolações, de orações partidas, interrompidas ou intercaladas; do acúmulo de orações subordinada, de tudo aquilo, enfim, que o impeça de chegar rápido ao fim do pensamento. A frase curta, simples, sem requebros, desprovida de enfeites desnecessários, objetiva, de modo algum prejudica a riqueza do estilo. Importante é a dosagem desses recursos.”(“Consideração sobre Redação Literária”, Porguês para o ciclo universitário básico)



Texto


O texto é um todo construído artesanalmente, a partir da seleção e da combinação das palavras, frases e parágrafos, concatenados com logicidade. Normalmente apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão. As características do texto são determinadas pelas modalidades de redação.



A palavra e o silêncio


O silêncio não é negação da palavra, como a palavra não é tampouco a negação do silêncio. Há silêncios eloquentes, como palavras vãs. É, precisamente a continuidade entre um estado e outro que forma a trama completa de nossa vida do espírito. É na riqueza do nosso silêncio interior que se forma a qualidade de nossas manifestações verbais. Como é na riqueza de sua repercussão no silêncio posterior que reside o sentido mais profundo no nosso privilégio verbal.



O homem é a única criatura que fala. Mas é também a única que sabe dar ao silêncio o seu sentido profundo. O silêncio dos seres humanos, das pedras, das florestas, dos animais, só tem sentido para nós, seres verbais, que damos um significado positivo, poético, filosófico, religioso a este silêncio das coisas e dos seres infra-humanos. Como o rumor de nossas palavras só tem sentido porque nelas se reflete o mundo infinito que está para lá de sua sonoridade, o mundo dos sentimentos, das ideias e das grandes realidades.



(Tristão de Athayde)


Concluindo


As palavras combinam-se para formar a frase; as frases se agrupam e se ordenam em parágrafos; os parágrafos, por sua vez, sucedem-se numa sequência lógica para formar o texto.




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