2014: Preparo da mão de obra é desafio


 

A fé não é algo para se entender, é um estado para se transformar.

Mahatma Gandhi

 

Com a taxa de desemprego no menor nível em duas décadas e os salários com 10 anos de aumentos contínuos, o grande desafio para 2014 é elevar a qualificação dos trabalhadores e, assim, garantir mais produtividade. Apesar da necessidade premente de melhoria na qualidade do trabalho e da maior oferta de cursos profissionalizantes, a demanda pela qualificação técnica ainda é baixa no país.

Na avaliação de Gabriel Ulyssea, coordenador de Trabalho e Renda do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a taxa de desocupação está baixa, mas a composição dos desempregados mudou. Hoje, a massa de trabalhadores sem emprego é majoritariamente composta por pessoas com ensino médio completo. "Há 20 anos, a grande maioria tinha, no máximo, curso fundamental", explicou.

Na indústria, a produtividade anda de lado há anos, revelou Márcio Guerra, gerente adjunto de Estudos e Prospectivas da Confederação Nacional da Indústria (CNI). "Hoje, 65% das empresas não conseguem contratar profissionais qualificados. Dessas, 81% fazem o treinamento dentro da própria indústria. Contudo, a metade das que investem na qualificação tem dificuldades de evoluir no processo, dada a baixa qualidade da escolaridade básica", destacou.

Rotatividade

Com baixa produtividade por conta da pouca qualificação, o resultado é menor competitividade da indústria nacional, que também sofre por conta do custo Brasil, isto é, a alta carga tributária somada à infraestrutura precária e à burocracia.

Outro fator que precisa ser corrigido em 2014 para melhorar o emprego é a alta rotatividade, que beira os 40% na indústria. "Há grande dificuldade de reposição de mão de obra", afirmou Guerra.
Para Ulyssea, do Ipea, o índice ultrapassa 40% em outros setores da economia. "A legislação trabalhista permite isso", ponderou. (SK)


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