Falso concurso denunciado


 

Nunca encontrei uma pessoa tão ignorante que não pudesse ter aprendido algo com a sua ignorância.

Galileu Galilei

 

Administradora do Aeroporto JK recorre ao MPLI e à polícia para apurar origem de mensagem com oportunidades de emprego no terminal


Oviral que circulou pelo aplicativo Whatsapp informando, erroneamente, que o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek estaria contratando 5 mil pessoas continua gerando polêmica. Suspeito de ter enviado as mensagens, o Centro Técnico de Aviação (CTA) — curso de formação para agentes aeroportuários — diz que o texto não partiu da escola. Além disso, considera a possibilidade de entrar na Justiça solicitando uma indenização por danos morais a ser paga pela In-framérica, consórcio que administra o terminal aeroportuário.

A gestora do aeroporto continua recebendo, diariamente, currículos de interessados nas oportunidades. A Inframérica já informou o caso ao Ministério Público da União no Distrito Federal e registrou um boletim de ocorrência na 10a Delegacia de Polícia Civil da capital federal. O objetivo do consórcio é saber qual é a origem do texto. A suspeita recaiu inicialmente sobre o CTA porque o número de telefone que aparece na mensagem é o do centro.

"De fato, a Inframérica tinha uma previsão de contratar, durante todo o período de obras do aeroporto, 5 mil pessoas. A pessoa que enviou o viral pode até ser um ex-aluno, alguém que misturou as informações. Esse mesmo boato entupiu os nossos telefones também", afirmou o diretor da unidade do CTA em Brasília, Nilton Thales. Para ele, no entanto, a empresa responsável pelo terminal aeroportuário se excedeu na reação ao procurar o MPU e a polícia. "Tem cabimento registrar boletim de ocorrência porque deixaram currículo? Se muita gente deixa currículo, você armazena. Deveriam dar graças a Deus, mas rechaçam os candidatos, colocam o fato sob a ótica de um crime", reclamou.

Por meio de nota, a Inframéri-ca disse que está informando todos os candidatos de que tal seleção não existe. "Além disso, pedimos que as pessoas entrem em contato com o CTA para apurar as informações corretamente. A maioria parte de quem nos procura chega pela divulgação de uma mensagem enviada para celulares de Brasília", ressaltou o texto.

Na semana passada, o Correio publicou a farsa que se alastrou pelo aplicativo de celular. O texto detalhava os dados do posto: carga horária de seis horas, duas folgas por semana, salário de R$ 2 mil, tíquete-alimentação de R$ 639, plano de saúde, vale-transporte e cinco passagens aéreas durante o ano. Para participar da seleção, a recomendação é comparecer ao aeroporto munido de currículo para fazer a entrevista ou entrar em contato por meio de um determinado terminal de telefone. A 10a Delegacia de Polícia não quis se manifestar.



Correio Braziliense - 26/11/2013

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