Valorização do salário mínimo foi principal fator de redução de desigualdades no Brasil, diz ONU


 

Saber é compreendermos as coisas que mais nos convêm.

Friedrich Nietzsche

 

Um relatório lançado pelo Programa das Nações Unidades para o Desenvolvimento (Pnud) traça um quadro sombrio sobre a questão da distribuição de renda no mundo. Aponta que a produção de riquezas nas duas últimas décadas registrou aumentos notáveis e que o mundo está globalmente mais rico do que nunca. A apropriação dessas riquezas, porém, ocorre de forma cada vez mais desigual.

Segundo o relatório, intitulado Humanidade Dividida: Confrontando a Desigualdade nos Países em Desenvolvimento, o mundo hoje está mais desigual do que em qualquer outro período desde a 2.ª Guerra Mundial. Entre 1990 e 2010, a desigualdade de renda aumentou em 11% nos países em desenvolvimento.

No planeta, o 1% da população mais rica detém cerca de 40% dos bens globais. Do outro lado, a metade mais pobre da população não é dona nem de 1%.
Entre os países que conseguiram reverter a tendência global e reduzir as desigualdades, aparece o Brasil. Em uma década, o índice de Gini, que mede a concentração de renda, caiu substancialmente no País.

Ao analisar as causas dessa melhoria, os especialistas da ONU, a exemplo do que já fizeram vários estudiosos no Brasil, destacaram o efeito do salário. Entre 2003 e 2010, o salário mínimo real aumentou 80% no Brasil. O peso disso na redução da desigualdade de renda foi o dobro do verificado com os programas de transferência de renda, como o Bolsa Família.

Em termos gerais, o relatório diz que a globalização financeira e comercial verificada nas últimas décadas favoreceu o aumento do fosso entre os mais ricos e os mais pobres. “O poder de negociação salarial dos trabalhadores, relativamente imóveis, diante do capital completamente móvel, foi debilitado”, diz o texto.
» Fonte: Diário do Centro do Mundo

Compartilhe:

Apostilas de Matérias Isoladas e Técnicas

Para Todos os Concursos