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Língua Portuguesa: Período Composto por Subordinação

Objetivo: Reconhecer os tipos de orações subordinadas

Subordinação

É o relacionamento de termos dependentes e também de orações dependentes dentro de um período. Na subordinação sempre há um termo subordinante (também chamado de regente ou principal) e um termo subordinado (também chamado regido ou dependente).


Como exemplo de relacionamento de termo, podemos citar a subordinação:


1. do adjetivo ao substantivo: aluno estudioso;

2. do verbo ao sujeito: o aluno estuda;

3. dos complementos e adjuntos ao verbo: estuda português, gostar de fime, chegar à escola etc.


Quando o período traz duas ou mais orações de funções distintas, ou seja, uma principal, outra subordinada, ele se diz composto por subordinação.



Oração Principal é a mais importante do período e não é introduzida por um conectivo.


O período composto por subordinação é iniciado por conjunção subordinativa, ou por pronome relativo.

Oração Subordinada é aquela que é dependente e completa o sentido de outra. Normalmente é introduzida por um conectivo subordinativo. Quando separadas, há perda de sentido ou falta de informação para que a comunicação seja efetivada.



No período composto por subordinação, teremos uma oração regente – chamada de oração principal – que traz inserida uma oração subordinada. Em relação à oração principal, a oração subordinada lhe completa o sentido, dá uma característica ou indica uma circunstância.


Exemplo:

Quando cheguei, chovia muito.


Quando cheguei – oração subordinada

Chovia muito – oração principal


As orações subordinadas são classificadas de acordo com a relação estabelecida com a oração principal:



Ele disse(oração principal) que partirá amanhã (completa o sentido da oração principal).

Pedro, que foi apóstolo (caracteriza um ser da oração principal), mentiu por três vezes.



Saímos quando amanhecia (indica uma circunstância de tempo para a oração principal).


As orações subordinadas classificam-se em substantivas, adjetivas e adverbiais.



Oração Subordinada Substantiva - Em geral, vem introduzida por conjunção integrante (que ou se) e possui o valor e as funções do substantivo, podendo ser substituída pelo pronome isso, esse, essa.



Obs.: Substantivo é qualquer palavra que pode ser marcada por um pronome, artigo, numeral ou adjetivo.



Observe: O substantivo flor pode exercer as seguintes funções sintáticas:


A flor nasceu. (sujeito)



Ama a flor. (objeto direto)



Ela é uma flor. (predicativo do sujeito)



Gosta de flor. (objeto indireto)




A sala está cheia de flor. (complemento nominal)




A rosa, flor maravilhosa, é um presente inesquecível. (aposto)




Por isso, classificamos como substantiva a oração subordinada que pode exercer uma das funções do substantivo. A Oração subordinada substantiva divide-se em:



  • Oração Subordinada Substantiva Subjetiva - é a que completa a principal, exercendo nela a função de sujeito.



  • Exemplos:


    É necessário (oração principal) que você colabore (oração subordinada substantiva subjetiva)


    Não se soube se tudo aquilo era verdade ou boato.(oração subordinada substantiva subjetiva)


    Sempre me quis parecer que os homens têm algo em comum.(oração subordinada substantiva subjetiva)




    Normalmente, a oração principal está na terceira pessoa do singular e não ocorre sujeito dentro de seus limites, pois o sujeito é a oração subordinada.




  • Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta - Completa a principal, exercendo nela a função de objeto direto.



  • Exemplos:

    Ela espera (oração principal) que o marido volte (oração subordinada substantiva objetiva direta).

    Esperar = Verbo Transitivo Direto


    (quem espera, espera alguém ou alguma coisa = “que o marido volte”)




    Todos sentiram(oração principal) que você partia para sempre (oração subordinada substantiva objetiva direta).

    Sentir = Verbo Transitivo Direto


    Ninguém peguntou (oração principal) se a solução convinha a todos (oração subordinada substantiva objetiva direta).


    Felipe acha que vale muito porque é rico.



  • Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta - Completa a principal, exercendo a função de objeto indireto. A preposição que introduz a objetiva indireta é exigida.


  • Exemplos:


    Ninguém desconfiava (oração principal) de que ela fosse a culpada (oração subordinada substantiva objetiva indireta).


    (quem desconfia, desconfia de alguém ou de alguma coisa = “de que ela fosse a culpada”)

    Desconfiar = Verbo Transitivo Indireto.



  • Oração Subordinada Substantiva Predicativa - Funciona como predicativo do sujeito da oração principal. A oração predicativa supõe que a principal é formada por sujeito + verbo de ligação.



  • Exemplos:


    Seu receio era (oração principal; era = verbo de ligação) que chovesse (oração subordinada substantiva predicativa)


    Minha vontade é (oração principal ; é = verbo de ligação) que você aprenda mais (oração subordinada substantiva predicativa).



  • Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal - Funciona como complemento nominal de um mome da oração principal.


  • Exemplos:

    Tenho certeza (oração principal) de que o contrato era viável (oração subordinada substantiva completiva nominal).



    A oração subordinada substativa completiva nominal vem introduzida sempre pela preposição exigida pelo nome que, na oração principal, pede complemento.

    Certeza: quem tem certeza, tem certeza de alguma coisa.

    “O estranho sorriso do garoto era sinal (oração principal) de que ainda não aprendera a lição” (oração subordinada substantiva completiva nominal).


  • Oração Subordinada Substantiva Apositiva - Funciona como aposto de um nome da oração principal. A oração apositiva ocorre após dois pontos ou entre vírgulas (neste caso ficará no meio da oração principal).


  • Exemplos:


    Eu só que dizer isto (oração principal): eu te amo. (oração subordinada substantiva apositiva).


    Obs.: As orações subordinadas substantivas apositivas constumam aparecer justapostas, isto é, sem a conjunção integrante.

    Aposto é o termo que esclarece, explica, desenvolve ou resume outro.