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Curso de Redação: Carta

A carta é uma modalidade redacional livre, pois nela podem aparecer a narração, a descrição, a reflexão ou o parecer dissertativo. O que determina a abordagem, a linguagem e os aspectos formais de uma carta é o fim a que ele se destina: um amigo, um negócio, um interesse pessoal, um ente amado, um familiar, uma seção de jornal ou revista etc.


Estética

A estética da carta varia consoante a finalidade. Se o destinatário é um órgão do governo, a carta deve observar procedimentos formais como a disposição da data, do vocativo (nome, cargo ou título do destinatário), do remetente e a assinatura.


No caso das correspondências comercial e oficial – textos jurídicos, comunicados, ofícios, memorandos emitidos por órgãos públicos – a linguagem é muitas vezes feita de jargões e expressões de uso comum ao constexto que lhes é próprio.


Quando um exame sugere uma carta como proposta, o aspecto formal, bem como a abertura e o fechamente do texto segundo o jargão, são irrelevantes, pois o que prevalece é o conteúdo e a linguagem.


O gênero epistolar na literatura

É preciso enfatizar que uma obra literária pode apresentar a forma de carta sem, contudo, pertencer ao gênero epistolar como é, por exemplo, o caso de Lucíola, de José de Alencar: a história é narrada através de cartas dirigidas a uma senhora, o que não descaracteriza a obra como romance.


Há exemplos famosos de correspondências apreciativas ou críticas, como as de Machado de Assis, Eça de Queirós, Mário de Andrade e outros escritores.


Enre as cartas doutrinárias, temos as religiosas, como as epístolas de São Paulo, e as políticas, como algumas cartas de Pe. Antônio Vieira.


Veja como Álvaro de Campos dá sua versão jocosamente poética das cartas de amor.


Em breve – continuação da aula...