8.196 Questões de Português 2025

Q56796 - texto associado

Texto 3
Papos
1. – Me disseram...
2. – Disseram-me.
3. – Hein?
4. – O correto é “disseram-me”. Não “me disseram”.
5. – Eu falo como quero. E te digo mais... Ou é “digo-te”?
6. – O quê?
7. – Digo-te que você...
8. – O “te” e o “você” não combinam.
9. – Lhe digo?
10. – Também não. O que você ia me dizer?
11. – Que você está sendo grosseiro, pedante e chato. E que eu vou te partir a cara. Lhe partir a
12. cara. Partir a sua cara. Como é que se diz?
13. – Partir-te a cara.
14. – Pois é. Parti-la hei de, se você não parar de me corrigir. Ou corrigir-me.
15. – É para o seu bem.
16. – Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me. Falo como bem entender. Mais uma
17. correção e eu...
18. – O quê?
19. – O mato.
20. – Que mato?
21. – Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te. Ouviu bem?
22. – Pois esqueça-o e para-te. Pronome no lugar certo é elitismo!
23. – Se você prefere falar errado...
24. – Falo como todo mundo fala. O importante é me entenderem. Ou entenderem-me?
25. – No caso... não sei.
26. – Ah, não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não?
27. – Esquece.
28. – Não. Como “esquece”? Você prefere falar errado? E o certo é “esquece” ou “esqueça”?
29. Ilumine-me. Me diga. Ensines-lo-me, vamos.
30. – Depende.
31. – Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-me-lo-ias se o soubesses, mas não sabes-o.
32. – Está bem, está bem. Desculpe. Fale como quiser.
33. – Agradeço-lhe a permissão para falar errado que mas dás. Mas não posso mais dizer-lo-te
34. o que dizer-te-ia.
35. – Por quê?
36. – Porque, com todo este papo, esqueci-lo.
Verissimo, Luis Fernando. Novas comédias da vida pública, a versão dos afogados. Porto Alegre: L&PM, 1997. [Adaptado].

Q56795 - texto associado

Texto 3
Papos
1. – Me disseram...
2. – Disseram-me.
3. – Hein?
4. – O correto é “disseram-me”. Não “me disseram”.
5. – Eu falo como quero. E te digo mais... Ou é “digo-te”?
6. – O quê?
7. – Digo-te que você...
8. – O “te” e o “você” não combinam.
9. – Lhe digo?
10. – Também não. O que você ia me dizer?
11. – Que você está sendo grosseiro, pedante e chato. E que eu vou te partir a cara. Lhe partir a
12. cara. Partir a sua cara. Como é que se diz?
13. – Partir-te a cara.
14. – Pois é. Parti-la hei de, se você não parar de me corrigir. Ou corrigir-me.
15. – É para o seu bem.
16. – Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me. Falo como bem entender. Mais uma
17. correção e eu...
18. – O quê?
19. – O mato.
20. – Que mato?
21. – Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te. Ouviu bem?
22. – Pois esqueça-o e para-te. Pronome no lugar certo é elitismo!
23. – Se você prefere falar errado...
24. – Falo como todo mundo fala. O importante é me entenderem. Ou entenderem-me?
25. – No caso... não sei.
26. – Ah, não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não?
27. – Esquece.
28. – Não. Como “esquece”? Você prefere falar errado? E o certo é “esquece” ou “esqueça”?
29. Ilumine-me. Me diga. Ensines-lo-me, vamos.
30. – Depende.
31. – Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-me-lo-ias se o soubesses, mas não sabes-o.
32. – Está bem, está bem. Desculpe. Fale como quiser.
33. – Agradeço-lhe a permissão para falar errado que mas dás. Mas não posso mais dizer-lo-te
34. o que dizer-te-ia.
35. – Por quê?
36. – Porque, com todo este papo, esqueci-lo.
Verissimo, Luis Fernando. Novas comédias da vida pública, a versão dos afogados. Porto Alegre: L&PM, 1997. [Adaptado].

Q56794 - texto associado

Texto 3
Papos
1. – Me disseram...
2. – Disseram-me.
3. – Hein?
4. – O correto é “disseram-me”. Não “me disseram”.
5. – Eu falo como quero. E te digo mais... Ou é “digo-te”?
6. – O quê?
7. – Digo-te que você...
8. – O “te” e o “você” não combinam.
9. – Lhe digo?
10. – Também não. O que você ia me dizer?
11. – Que você está sendo grosseiro, pedante e chato. E que eu vou te partir a cara. Lhe partir a
12. cara. Partir a sua cara. Como é que se diz?
13. – Partir-te a cara.
14. – Pois é. Parti-la hei de, se você não parar de me corrigir. Ou corrigir-me.
15. – É para o seu bem.
16. – Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me. Falo como bem entender. Mais uma
17. correção e eu...
18. – O quê?
19. – O mato.
20. – Que mato?
21. – Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te. Ouviu bem?
22. – Pois esqueça-o e para-te. Pronome no lugar certo é elitismo!
23. – Se você prefere falar errado...
24. – Falo como todo mundo fala. O importante é me entenderem. Ou entenderem-me?
25. – No caso... não sei.
26. – Ah, não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não?
27. – Esquece.
28. – Não. Como “esquece”? Você prefere falar errado? E o certo é “esquece” ou “esqueça”?
29. Ilumine-me. Me diga. Ensines-lo-me, vamos.
30. – Depende.
31. – Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-me-lo-ias se o soubesses, mas não sabes-o.
32. – Está bem, está bem. Desculpe. Fale como quiser.
33. – Agradeço-lhe a permissão para falar errado que mas dás. Mas não posso mais dizer-lo-te
34. o que dizer-te-ia.
35. – Por quê?
36. – Porque, com todo este papo, esqueci-lo.
Verissimo, Luis Fernando. Novas comédias da vida pública, a versão dos afogados. Porto Alegre: L&PM, 1997. [Adaptado].

Q56793 - texto associado

Texto 3

Papos

1. 
   

   – Me disseram...

   
   


2. 
   

   – Disseram-me.

   
   


3. 
   

   – Hein?

   
   


4. 
   

   – O correto é “disseram-me”. Não “me disseram”.

   
   


5. 
   

   – Eu falo como quero. E te digo mais... Ou é “digo-te”?

   
   


6. 
   

   – O quê?

   
   


7. 
   

   – Digo-te que você...

   
   


8. 
   

   – O “te” e o “você” não combinam.

   
   


9. 
   

   – Lhe digo?

   
   


10. 
    

    – Também não. O que você ia me dizer?

    
    


11. 
    

    – Que você está sendo grosseiro, pedante e chato. E que eu vou te partir a cara. Lhe partir a

    
    


12. 
    

    cara. Partir a sua cara. Como é que se diz?

    
    


13. 
    

    – Partir-te a cara.

    
    


14. 
    

    – Pois é. Parti-la hei de, se você não parar de me corrigir. Ou corrigir-me.

    
    


15. 
    

    – É para o seu bem.

    
    


16. 
    

    – Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me. Falo como bem entender. Mais uma

    
    


17. 
    

    correção e eu...

    
    


18. 
    

    – O quê?

    
    


19. 
    

    – O mato.

    
    


20. 
    

    – Que mato?

    
    


21. 
    

    – Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te. Ouviu bem?

    
    


22. 
    

    – Pois esqueça-o e para-te. Pronome no lugar certo é elitismo!

    
    


23. 
    

    – Se você prefere falar errado...

    
    


24. 
    

    – Falo como todo mundo fala. O importante é me entenderem. Ou entenderem-me?

    
    


25. 
    

    – No caso... não sei.

    
    


26. 
    

    – Ah, não sabe? Não o sabes? Sabes-lo não?

    
    


27. 
    

    – Esquece.

    
    


28. 
    

    – Não. Como “esquece”? Você prefere falar errado? E o certo é “esquece” ou “esqueça”?

    
    


29. 
    

    Ilumine-me. Me diga. Ensines-lo-me, vamos.

    
    


30. 
    

    – Depende.

    
    


31. 
    

    – Depende. Perfeito. Não o sabes. Ensinar-me-lo-ias se o soubesses, mas não sabes-o.

    
    


32. 
    

    – Está bem, está bem. Desculpe. Fale como quiser.

    
    


33. 
    

    – Agradeço-lhe a permissão para falar errado que mas dás. Mas não posso mais dizer-lo-te

    
    


34. 
    

    o que dizer-te-ia.

    
    


35. 
    

    – Por quê?

    
    


36. 
    

    – Porque, com todo este papo, esqueci-lo.

    
    

Verissimo, Luis Fernando. Novas comédias da vida pública, a versão dos afogados. Porto Alegre: L&PM, 1997. [Adaptado].

Q56792 - texto associado

Texto 2

Pesquisadores explicam por que é tão difícil imitar os sons de outra língua

Por Rennan A. Julio

1. 
   

   Cérebro adapta todo e qualquer som estranho para o seu idioma original.

   
   


2. 
   
   
   


3. 
   

   Estudos tentam entender a origem do sotaque. Em busca de justificativas para a nossa

   
   


4. 
   

   dificuldade de reproduzir sons de línguas diferentes, pesquisadores fizeram testes com bebês

   
   


5. 
   

   e adolescentes de todo o mundo.

   
   


6. 
   

   Há mais de duas décadas, uma equipe da Universidade de Washington tenta entender

   
   


7. 
   

   como o cérebro humano compreende a linguagem humana. Para isso, analisou bebês do

   
   


8. 
   

   mundo inteiro durante esse período.

   
   


9. 
   

   Em um dos testes, a equipe fez com que, aos seis meses de idade, bebês japoneses e

   
   


10. 
    

    ingleses escutassem sons de ambas as culturas. Até então, as crianças conseguiam

    
    


11. 
    

    reproduzir os “barulhos” característicos às duas nações; só que quando atingiram os dez

    
    


12. 
    

    meses de idade, os mesmos bebês falharam na percepção de sons que não faziam parte de

    
    


13. 
    

    sua cultura. Os japoneses deixaram de reconhecer “r” e “l”, cuja distinção não existe no Japão,

    
    


14. 
    

    mas existe na língua inglesa.

    
    


15. 
    

    Realizado por outra equipe de pesquisadores, um segundo estudo sugere diferente: as

    
    


16. 
    

    pessoas não perdem tão abruptamente essa capacidade de aprender línguas, mas o processo

    
    


17. 
    

    acontece durante a puberdade. Depois de uma série de testes, esses cientistas perceberam

    
    


18. 
    

    uma forte relação entre o aprendizado de uma segunda língua e a época em que isso

    
    


19. 
    

    acontece.

    
    


20. 
    

    Para o especialista Eric Bakovic, existe um movimento para processar esse tipo de

    
    


21. 
    

    informação: “Você aprende uma língua pegando sons e imitando seus pais. Depois, seu

    
    


22. 
    

    cérebro começa a fazer outras coisas, assumindo que já tinha aprendido todos os sons

    
    


23. 
    

    necessários para manter uma relação comunicativa com as pessoas ao seu redor”.

    
    


24. 
    

    Essa biblioteca de sons nos permite fluência com a língua que falamos, mas quando

    
    


25. 
    

    tratamos de sons “externos” ficamos “surdos”, afirma o linguista da Universidade de San

    
    


26. 
    

    Diego.

    
    


27. 
    

    “Quando você escuta um sotaque ou uma língua totalmente diferente, seu cérebro

    
    


28. 
    

    mapeia os sons diretamente para a língua que você fala”, conta Bakovic. Ao invés de

    
    


29. 
    

    pronunciar com precisão, as pessoas acabam juntando as partes “próximas” do que os seus

    
    


30. 
    

    cérebros sabem e reproduzindo dessa maneira.

    
    


31. 
    

    Mas para Joel Goldes, especialista nessa área e atuante em Hollywood, isso pode ser

    
    


32. 
    

    treinado. “Nosso cérebro realmente nos bloqueia de ouvir o que estamos ouvindo. Até que

    
    


33. 
    

    alguém nos ensine a produzir novos sons, nós não os escutamos. É por isso que uma pessoa

    
    


34. 
    

    pode ficar 40 anos em um país diferente sem perder o sotaque”.

    
    

Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2014/10/pesquisadores-explicam-por-que-e-tao-dificil-imitar-o-sotaque-de-outralingua.html. [Adaptado]. Acesso em: 10 nov. 2018